Exposição Virtual Colônia

Fechar Governo Federal, Ministério da Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura apresentam:

Festa, Pesca e Devoção

Alguns lugares guardam um segredo. Uma identidade forte, que resiste ao passar dos anos, à mudança dos ventos, ao movimento das ondas, ao comando do tempo. São lugares que, por razões misteriosas, fazem a gente sentir que é bom estar ali. A Colônia de Pescadores de Paquetá é um lugar assim.

E o mistério de um lugar assim não se explica apenas pelo valor das pessoas que ali moram – algumas delas tão bem retratadas nessa exposição, com toda a sua fé, luta e trabalho. O segredo vai além, urdido especialmente nos laços de uma rede invisível, tecida durante anos, décadas, séculos. Uma rede reforçada na tintura da aroeira, pra resistir ao sal e às pedras do fundo do mar.

E é por isso que, da fé, da união e do trabalho, a festa surge, permanece e cresce. A Festa de São Pedro, padroeiro dos que amam o mar, abrindo os laços e envolvendo cada um dos visitantes e moradores da ilha com essa rede de orgulho e alegria por também pertencer a esse lugar.

Ilha de Paquetá, junho 2024

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Fotógrafos

Miecio Silveira
Nasci no dia 28.06, véspera de São Pedro. Na minha adolescência, comemorava meu aniversário nessa festa tão especial, onde meu irmão Gato Preto por diversas vezes era responsável pela sonorização, e lá estava eu, mergulhado no som, minha outra grande paixão. A Colônia sempre fez parte da minha vida e hoje, através das minhas lentes, capturo as raízes do meu povo do mar, abençoado por São Pedro.
Janu Campos
Cresci em volta da Colônia: um monte de criança catando goiá, jogando tarrafa, arrastando camarão e pescando siri na Praia da Guarda, que depois a gente comia em paneladas enormes (com pão dormido pra raspar o molho) ou vendia pros mais velhos da Colônia que, ou gostavam muito de siri, ou gostavam muito da gente. Nessa beirada de mar conheci a beleza e a agonia da pesca na Baía, além de personagens icônicos de Paquetá, alguns que tenho o prazer de chamar de “tios” e “tias”, emprestados da família dos amigos, e que fiz questão de retratar. Essa exposição é um registro da Pesca, da Festa e da Devoção, pra dar orgulho e pra continuar a enfeitar os barcos todo final de junho.

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Ficha Técnica

Curadoria: Coletivo Amigos da Colônia,
Januário Campos, Miecio Silveira e Conceição Campos

Texto, Audiodescrição e Projeto Gráfico: Conceição Campos

Elaboração da Estrutura: Januário Campos e Conceição Campos

Montagem do Curral: Januário Campos, Luiz Claudio Santos, Miecio Silveira

Esculturas de Peixes: Kôco

Iluminação: Júlio Araújo

Impressão: Up Book Rio

Desenvolvedor Web: Hélio Pereira Jr

Agradecimentos: José Felipe Lima, Matheus Lorena, Cleber Vilaverde, Juan Trancoso, Bernardo Amorim, Cambota,
Irandy Mendes, Jorge Bebêça, Renan, Francisco Amorim, Pedro Amorim e MORENA Associação de Moradores de Paquetá.